Logo

Áreas temáticas

  1.     Arqueologia
  2.     Estudos culturais
  3.     Economia
  4.     Educação
  5.     Estudos de gênero
  6.     História
  7.     Direitos humanos
  8.     Linguística, literatura e mídia
  9.     Filosofia
  10.     Antropologia biológica
  11.     Política e transformação do Estado
  12.     Estudos pós-coloniais
  13.     Religião
  14.     Antropologia social e cultural
  15.     Crise sócio-ecológica, políticas ambientais e de recursos
  16.     Simpósios Inovadores

 

1. Arqueologia


Responsável: Christian Feest

As escavações arqueológicas de novas jazidas e a exploração ora continuada, ora retomada, das já conhecidas segue a expandir o conhecimento das tradições culturais pré-colombianas, coloniais e industriais das Américas. Ao mesmo tempo, abrem-se novas perspectivas por meio de três vias: pela avaliação de dados novos e já conhecidos dentro de novos esquemas interpretativos que apontam para a explicação de aspectos da cultura não material sobre a base de evidências materiais; pela compilação e análise do corpus estilístico baseado nos objetos preservados em coleções de museus; e pela colocação do registo arqueológico no contexto das evidências derivadas de documentos visuais e escritos.

A edição 54 do ICA convida muito especialmente à submissão de propostas de simpósios sobre questões de natureza translocal (tais como estudos paleoindígenas, urbanização, organização social e política na pré-história, formulações teóricas e práticas), estudos comparativos de arte e iconografia pré-históricas, investigações sobre o estudo da pré-história e dos começos da época colonial e arqueologia industrial.


top


 

2. Estudos culturais
Responsável: Kathrin Sartingen

A “virada cultural” (cultural turn) tem gerado novas perspectivas e campos de investigação na área das humanidades. No entanto, os estudos culturais estão evoluindo cada vez mais para um conceito divergente e ambíguo. Segundo os respectivos contextos, este conceito toma a forma de contatos e conflitos culturais, interculturalismo e multiculturalismo, sociologia da cultura, filosofia cultural, estudos transculturais, discursos e processos culturais, crítica literária, cultura mediática, memoria cultural, antropologia cultural, estudos de mitologia, identidade e alteridade, estudos de gênero e de marginalização. Como tais, os estudos culturais possibilitam diferentes tipos de construções teóricas dentro da própria disciplina; divergendo entre uma dimensão mais ativa e sócio-política e outra dimensão antes histórico-analítica. Esta dicotomia está muito mais presente nas Américas, numa era mediática em que as fronteiras nacionais parecem dissolver-se numa comunidade global, com o efeito irremediável de uma homogeneização cultural como consequência da desconstrução de espaços culturais anteriormente sólidos. Qual pode ser o modelo de diálogo cultural que nos vai permitir repensar esta nova situação que, paradoxalmente, se centra no local e na cultura própria? Por consequência, parece apropriado estabelecermos uma nova cartografia de contatos e transposições culturais. Deste modo, entendemos os estudos culturais como o âmbito de investigação transdisciplinar que se propõe explorar os fenômenos multidimensionais da cultura. Tomando em conta as diferentes perspectivas culturais, a 54 edição do ICA convida á submissão de propostas de simpósios, palestras e cartazes de carácter aberto e transdisciplinar que contribuam para um novo diálogo cultural nas e sobre as Américas.


top


 

 

3. Economia
Responsável: Ulrich Brand

As questões de desenvolvimento económico costumam estar no centro do debate público, especialmente desde a atual crise econômica iniciada em 2007. Após um longo período de reformas dos mercados, está-se tendo uma nova discussão na América Latina sobre assuntos como a identificação de novos equilíbrios entre mercado e Estado. Ao mesmo tempo, os EUA pretendem manter sua liderança na economia mundial. Neste contexto, produzem-se debates muito intensos sobre as relações entre o sector financeiro e o industrial, assim como sobre o papel de novos polos de crescimento e de polarização geográfica. Na ciência econômica existe uma grande variedade de teorias e métodos que terão de contribuir para um diálogo frutífero no Congresso. Portanto, procuramos propostas que refletem os diversos enfoques teóricos e metodológicos, incluindo, entre outros, o novo desenvolvimentismo, o desenvolvimento pós-material e o desenvolvimento sustentável; as políticas e a histórica económica de regiões específicas, países ou áreas em perspectiva comparativa; a relação entre desenvolvimento regional e nacional e a integração regional em relação à economia mundial; o papel dos mercados financeiros e das inovações tecnológicas; o desenvolvimento de sectores produtivos específicos; o desenvolvimento socio-econômico de sectores externos ao mercado como a economia de subsistência ou o âmbito da reprodução e da saúde; as análises do impacto da crise atual e as suas possíveis explicações; e, finalmente, estudos sobre o impacto e as limitações do modelo de desenvolvimento extrativista.


top


 

 

4. Educação
Responsável: Claudia Augustat

Nos últimos anos, os estudos educativos nas Américas têm-se ocupado amplamente das problemáticas da educação intercultural e bilíngue. Particularmente na América Latina, as investigações têm-se centrado na diferença entre as comunidades indígenas, afro-americanas e euro-americanas, embora a categoria de diferenças culturais seja muito mais ampla. Religião, classe e antecedentes migratórios constituem, por outra banda, fatores repetidamente discutidos em relação ao contexto da América do Norte. A edição 54 do ICA convida a submeter propostas que especialmente reúnam os resultados de investigações em todas estas áreas, com o objetivo de promover um debate amplo e interdisciplinar. Também são muito bem-vindas as comparações com a Europa, onde a educação intercultural se tem tornado um tema de discussão igualmente importante. Este ampla base de dados empíricos quer animar o debate sobre as perspectivas e as possibilidades, mas também sobre os limites da “aprendizagem global”.


top


 

 

5. Estudos de Gênero
Responsável: Josefina Echavarría A.

Os Estudos de Gênero nas Américas têm enfrentado novos e desafiantes temas que têm relação com as transformações de esta área de estudo e da própria região. A inclusão da masculinidade como preocupação fundamental –especialmente nas sociedades pós-conflito–, os efeitos da integração econômica e do comércio internacional sobre o sexo e o gênero, a análise interseccional das políticas sociais, assim como o mundo laboral e a saúde desde a perspectiva do gênero, são apenas algumas das problemáticas que se têm evidenciado cruciais nas Américas. O próprio lema geral da edição 54 do ICA que consiste em construir diálogos entre disciplinas e gerar debates frutíferos entre problemáticas e perspectivas diferentes reflete muito bem o fundamento mesmo dos estudos de gênero. Convidamos, portanto, à submissão de propostas de formulação diversa, desde as essencialistas às pós-estruturalistas, que analisem problemáticas históricas e contemporâneas, tais como a democratização, migração, políticas de igualdade de gênero (mainstreaming), violência, religião, segurança e sociedades em conflito ou pós-conflito.


top


 

 

6. História
Responsável: Berthold Molden

Muitos dos desafios e mudanças que a historiografia tem experimentado nas últimas décadas guardam relação com as Américas. As práticas da história oral inspiraram-se na investigação antropológica. A crítica pós-moderna das grandes narrativas históricas ocidentais achou seus proponentes e promotores ideais por meio da (auto)delegação de autoridade (self-empowerment) em vozes contra-hegemôniais e subalternas tanto do Norte quanto do Sul, assim como nas experiências migratórias. Proposições de uma história global como a Teoria do Sistema-Mundo, com epicentro nos EUA, foram inspiradas parcialmente (pelas Teorias da Dependência) e parcialmente modificadas (pela crítica pós-colonial) desde a América Latina. Além disso, a rápida expansão nas últimas três décadas da política da história e da memória foi devido em grande parte às confrontações sociais com a herança e a legitimidade das ditaduras na América Latina e com as políticas da memória do Holocausto nos EUA, entre outros contextos. A edição 54 do ICA convida a submeter propostas de formulações teóricas e metodológicas diversas, que incluam duas perspectivas: os conflitos e as transferências transnacionais entre as regiões, as sociedades, as comunidades de experiência comum, a ação política e a memória nas Américas e, no meta-nível da historia da ciência, as relações académicas multi-vectoriais que refletem estas problemáticas na história intelectual.


top


 

 

7. Direitos Humanos
Responsável: Margarete Grandner

Os Direitos Humanos seguem a representar um vasto desafio nas Américas. Os avanços no respeito pelos direitos humanos, mas também as violações dos mesmos, têm exigido –e continuam exigindo– esforços acadêmicos interdisciplinares. Desde o fim das frequentes ditaduras e a inclinação para a guerra civil que definiram a década de 1980, as Américas têm testemunhado o dramático aumento em número e variedade de instituições dedicadas a exigir responsabilidades dos Estados e indivíduos e a dinamizar a reconstrução pacífica das comunidades nas sociedades pós-conflito. No entanto, e apesar das ondas de democratização oficiais, os cidadãos das Américas amiúde são vítimas de violações dos direitos humanos: desaparições, tortura, ataques contra oponentes políticos e brutalidade policial constituem elementos bem característicos em vários contextos americanos. Frente a estas violações, numerosas organizações locais e transnacionais, governamentais e não governamentais, levantam muitas vezes a voz para denunciar, combater e tentar remediar estes abusos. A edição 54 do ICA convida a submeter propostas de uma ampla gama de perspectivas de investigação, tanto teóricas quanto orientadas à ação, que abordem problemáticas contemporâneas e históricas centradas nas questões legais, políticas, culturais e econômicas relacionadas com os direitos humanos, tais como migração, medidas antiterroristas ou liberdade de expressão e movimentação, para citar só algumas das temáticas e possíveis enfoques susceptíveis de contribuir a construir diálogos sobre direitos humanos nas Américas.


top


 

 

8. Linguística, Literatura e Mídia
Responsável: Kathrin Sartingen

As Américas constituem um espaço ideal para o estudo das diferentes subdisciplinas dentro da linguística, da literatura e dos meios de comunicação. A crescente comunidade hispana nos EUA e o diálogo constante com as culturas do sul (América Central e do Sul) tem-se convertido num interessante foco de estudos em termos linguísticos, culturais e literários. A influência do espanhol na língua inglesa e a emergência de novas formas híbridas de expressão (spanglish) são muito interessantes não só para a linguística, do ponto de vista dos estudos sobre bilinguismo e línguas em contato, mas também para a literatura e o cinema, tanto pela representação de problemáticas como a imigração e a diáspora, como também pelas formas narrativas que refletem o multilinguismo e outros fenômenos do contato entre línguas. Na América do Sul, o diálogo entre o espanhol e o português, assim como entre o espanhol e as línguas indígenas (p.ex. com o guarani ou quéchua), tem ganhado em significação e abrangido uma dimensão cada vez maior. Cultura, tradição e mitos indígenas constituem símbolos de identidade na literatura dos escritores brasileiros e hispano-americanos, os quais, paradoxalmente, reivindicam cada vez mais a cultura própria na atual era da globalização e da aparente homogeneização cultural. Esta atenção e ênfase nos elementos autóctones representa já uma tendência estabelecida em outros meios de comunicação, particularmente no cinema. A edição 54 do ICA convida a submeter propostas que abordem o multilinguismo (especialmente o diálogo entre línguas e entre textos), o multiculturalismo e o impacto da migração e seu reflexo na literatura e no cinema. Os fenômenos transnacionais, intertextuais e intermediais, assim como o estudo do patrimônio literário e linguístico das culturas pré-colombianas na América pós-colonial representam temas susceptíveis de análise relevante neste campo eminentemente interdisciplinar.


top


 

 

9. Filosofia
Responsável: Johann Schelkshorn

As comunidades filosóficas nas Américas exibem perspectivas claramente variadas de pensamento teórico. Apesar de vivas controvérsias e de diferenças substanciais sobre múltiplos aspectos das diferentes disciplinas filosóficas, muitas das filosofias norte-americanas permanecem estreitamente ligadas com o pensamento europeu. Pela sua parte, a situação intelectual na América Latina está sujeita a uma ampla variedade de discussões. Embora nas duas regiões geográficas existam filosofias que continuam as tradições filosóficas europeias, a partir do século XIX surgiu o projeto de uma específica “filosofia latino-americana” que, por sua vez, originou diversos ramos filosóficos: história das ideias, filosofias da libertação e filosofias interculturais. Por esta razão, as relações entre as filosofias das Américas sempre foram e seguem a ser hoje muito complexas e polêmicas. Além disso, durante as últimas três décadas, os processos migratórios e as transformações sociais em muitos países da América Latina têm gerado constelações políticas, sociais e culturais que representam novos desafios e perspectivas para o diálogo entre as diversas correntes filosóficas das Américas.


top


 

10. Antropologia biológica
Responsável: Christian Feest

Em conjunto com a formulação teórica duma antropologia organizada em quatro campos, as contribuições da antropologia biológica têm ocupado um lugar destacado nas deliberações do ICA. Porém, com a crescente especialização e diversificação da disciplina, este enfoque tem desaparecido, na sua maior parte, do programa do ICA, criando uma espécie de vazio. Assim, o potencial inerente da perspectiva biológica para uma ampla variedade de temas históricos, culturais e sociais ficou geralmente ignorado. A edição 54 do ICA convida de forma explícita aquelas propostas baseadas nos avanços em biologia humana, antropologia forense, genética antropológica e antropologia biomédica em relação ao estudo das populações históricas e atuais das Américas. Como em outras áreas de investigação, prestar-se-á especial atenção àquelas propostas que apresentem um enfoque transdisciplinar em relação a temas locais, regionais ou continentais, assim como àqueles estudos translocais e comparativos. A relação de questões éticas e sensibilidades culturais para com os estudos biológicos de populações humanas e para com a história da antropologia biológica nas Américas constituem perspectivas igualmente relevantes para o programa da edição 54 do ICA.


top


 

11. Política e transformação do Estado
Responsável: Ulrich Brand

Nos últimos anos, as Américas têm sido o cenário de profundas transformações políticas. No nível governamental, em alguns países da América Latina e nos EUA observam-se reorientações tanto para governos conservadores como também para governos progressistas que precisam ser analisadas. Para além dos governos, diferentes atores políticos como empresas privadas, organizações não governamentais e movimentos sociais têm cada vez um maior impacto nos debates públicos, nas políticas do Estado e na evolução social. A edição 54 do ICA quer reunir uma ampla variedade de investigações com diferentes perspectivas. Pretendemos encorajar propostas com novos enfoques quanto às teorias e métodos da ciência política e disciplinas afins; análises históricas e atuais do Estado e das suas transformações, assim como dos processos de governabilidade; análises em campos políticos específicos como os estudos de caso ou estudos comparativos; ONGs, movimentos sociais, meios de comunicação e comités de expertos, etc.; formas e conteúdos da cooperação multilateral entre Estados e outros atores; conflitos políticos e sociais e suas formas de tratamento; impactos e efeitos dos movimentos indígenas; debates sobre o populismo; dinâmicas e processos em relação à nova esquerda ou a governos progressistas; e políticas de integração regional na América Latina.


top


 

 

12. Estudos Pós-coloniais
Responsáveis: Kathrin Sartingen, Berthold Molden

As Américas oferecem múltiplas áreas de investigação para os estudos pós-coloniais. Por um lado, todas as suas regiões foram, em alguma altura, colônias de potências europeias; as influências mútuas na procura de independência são inquestionáveis. Por outro lado, as relações entre os EUA e a América Latina são amiúde descritas como dominação neocolonialista do norte, contra a qual os vizinhos do sul tentam defender-se por meio de diferentes estratégias. As teorias pós-coloniais ajudam a explicar os fenômenos sociais entre estados-nação e regiões: Existem, dentro das Américas, centros e periferias, ou: um centro e uma periferia? Como é que são as relações das Américas com a Europa e com outras regiões do mundo? A perspectiva pós-colonial centra-se nas relações sociais dentro de sociedades específicas ou entre diferentes grupos étnicos e religiosos, ao mesmo tempo que, em combinação com os estudos fronteiriços, contribui para a compreensão das realidades migratórias. A edição 54 do ICA não prefere uma perspectiva concreta dos estudos pós-coloniais, mas convida a submeter propostas transdisciplinares centradas nas problemáticas multidireccionais nas Américas. Animamos particularmente as propostas centradas no Brasil, onde as perspectivas pós-coloniais têm sido comparativamente escassas.


top


 

 

13. Religião
Responsáveis: Christian Feest y Claudia Augustat

A religião é frequentemente analisada de forma isolada, como um domínio separado da cultura cujas preocupações e práticas radicam no mundo espiritual. Isto acontece a pesar da inter-relação óbvia entre religião e outros âmbitos da sociedade, como a política e a economia, o qual não faz senão sublinhar a adequação de enfoques interdisciplinares nesta área de investigação. Tendo isto em mente, a edição 54 do ICA quer promover este debate a nível interdisciplinar. Diversas formulações históricas, antropológicas, sociológicas e econômicas podem ajudar a esclarecer um fenômeno complexo que não é um mero resultado da modernidade nem é exclusivo das sociedades ocidentais. Deste ponto de partida, encorajamos especialmente a submissão de propostas relacionadas com estudos sobre o pluralismo religioso, o confessionalismo e o sincretismo, como também sobre a comoditização da religião e sobre as relações entre diferentes visões do mundo tanto religiosas como seculares.


top


 

 

14. Antropologia social e cultural
Responsável: Elke Mader

A antropologia social e cultural nas Américas constitui um amplo campo de investigação que abrange uma grande variedade de grupos humanos e realidades geográficas. A edição 54 do ICA convida a submeter simpósios e palestras de uma ampla gama de campos temáticos e regionais, assim como de diversas formulações teóricas e metodológicas. Atualmente, os estudos etnográficos abordam por igual as populações rurais e urbanas, assim como múltiplas configurações sociais, pelo que podem ter referência a práticas culturais locais ou a processos transculturais e fluxos globais. Os simpósios e palestras na área de antropologia social e cultural podem ocupar-se ora de práticas e processos locais ou regionais específicos, ora de determinados grupos étnicos ou culturais.

Neste sentido, pretendemos continuar a longa tradição do ICA de compromisso com os mundos da vida dos nativos americanos/dos povos indígenas em contextos dinâmicos. Portanto, a edição 54 do ICA convida a submeter propostas que reflitam a grande variedade de subdisciplinas da antropologia social e cultural. Particularmente, encorajamos aquelas propostas que integrem estudos de caso das duas Américas, quer baseados no quadro metodológico da antropologia comparativa, quer na forma de estudos de caso sobre um tema concreto. Assim pois, queremos propor três campos temáticos: em primeiro lugar, o relativo à questão de movimentos, fronteiras e transgressões, que pode incluir problemáticas novas e já conhecidas em relação à construção/desconstrução da pessoa, do gênero, da comunidade ou da cultura na era da globalização; estas questões também podem ser tratadas em relação a debates teóricos ou a desafios do trabalho de campo e/ou metodologias. Outra área temática terá de centrar-se nos processos e práticas das diversas formas de cultura material e visual em geral e, muito particularmente, no campo das tecnologias da informação e da comunicação (TIC) e as suas implicações para uma ampla gama de fenômenos sociais e culturais. Por último, o terceiro campo temático que propomos é a antropologia da natureza enquanto área de investigação ampla a estabelecer ligações entre múltiplas problemáticas, tais como os conceitos de natureza na sua dimensão cosmológica, as práticas rituais e sociais e os estudos interdisciplinares sobre problemas ecológicos e a mudança climática.


top


 

15. Crise sócio-ecológica, políticas ambientais e de recursos
Responsável: Ulrich Brand

A crise ecológica constitui um problema social evidente, que se faz notar de formas muito diversas. No entanto, embora a opinião pública tenha assumido a dimensão da problemática ecológica e das suas implicações para a humanidade (mudança climática, perda de biodiversidade, erosão do solo, desflorestamento e mesmo uma crise da civilização detectada nalgumas investigações), existem poucas políticas efetivas para fazer frente à crise. Além disso, estas últimas têm sido ultrapassadas ou suplantadas por políticas de recursos nas áreas da energia, da alimentação ou dos minerais. Para a edição 54 do ICA, convidamos a comunidade científica a apresentar investigações em relação aos seguintes temas: inovações teóricas e metodológicas a incluírem diferentes modelos de conhecimento; análise de fenômenos concretos e causas das diversas realidades da crise em diferentes regiões, países o zonas, tais como o desflorestamento; investigações sobre a diferente vulnerabilidade de determinadas regiões e/ou grupos sociais; conflitos ambientais, particularmente aqueles relacionados com os sectores extrativistas; discussões sobre a questão da cidadania e cidadanias alternativas fazendo frente a problemas ambientais; políticas ecológicas alternativas a seguirem o exemplo dos povos indígenas; e a situação das políticas ambientais baixo os governos progressistas.


top


16. Simpósios Inovadores
Responsável: Martina Kaller-Dietrich

Pela primeira vez na história dos congressos ICA introduzimos a nova secção de simpósios inovadores, dentro da qual queremos convidar apresentações e discussões sobre temas relacionados com a história do próprio congresso ou com temas particularmente polémicos ou de especial interesse, que nos ofereçam a oportunidade de expandir a nossa criatividade e experimentação além dos limites impostos pelos tradicionais formatos de simpósios, pondo a disposição, quando for necessário, espaços e equipamentos técnicos especificamente adaptados.


top


University of Vienna | Dr.-Karl-Lueger-Ring 1 | 1010 Vienna | T +43 1 4277 17575